quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

A arte de Morar

A arte de morar no estilo Rústico Contemporâneo privilegia móveis em madeira de demolição, combinando cores claras, estampas, e estilo provençal.
Peças de bom gosto, tecidos com fino acabamento encantam ambientes
deixando-os bonitos.
Há depósitos de móveis de demolição e lojas de bom gosto especializadas neste estilo.
Carla Ramazini

7 comentários:

  1. CARLA!Gostei muito deste Estilo Rústico Contemporâneo, com móveis em madeira de demolição! É tudo bem claro e suave!Muito bonito!Parabéns pelos modelos apresentados! LIA SARTORIADVOGADA/ARTISTA AMBIENTAL/SANTA MARIA/RS/BRASILMEU BLOG:HTTP:\\liasalvandoterra.blogspot.com 

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  2. É bonito, adoro Lia.
    Venha visitar sempre amiga!
    Bjoo.

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  3. seu blog ta cada dia mais legal...eu dou uma sumida as vezes mas sempre passo para dar uma olhadinha...bjim

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  4. Cheguei aqui por conta de campos de lavanda e adorei!
    Abraço.

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  5. Não vejo imagem alguma no ecrã: é para ser assim?

    Bom fim de semana.

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Entrevista com Alex Lipszyc, Diretor da ABD - Associação Brasileira de Design

Alto astral e dedicação caracterizam o envolvimento de Alex Lipszyc com a ABD, ele assumiu o cargo de diretor em 2003, ainda na gestão de Brunete Fraccaroli e permanece até 2009 com Roberto Negrete. Arquiteto formado pela Universidade Mackenzie, São Paulo, pós graduado em Visual Design, Milão, e em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), o diretor da Associação é confiante com as oportunidades do setor. "Até arrisco dizer que teremos, em pouco tempo, um mundo melhor para viver, trabalhar e criar nossos filhos", diz Alex quando questionado sobre o papel social dos Designers de Interiores. Você é pós-graduado em Milão, o que essa experiência contribuiu para você se tornar o profissional que é hoje? Cursei Visual Design na Universidade Politécnico de Milão, ente 1993 e 1994. É claro que, a somatória do que você recebe, mais a carga cultural européia é a grande diferença. Quando se falava de um Designer ou até um artista qualquer, era só pegar o metrô e ir à exposição. Quando se falava de arquitetura era só ir caminhando que se contemplava "in loco" a obra. Ou seja, a minha experiência na Europa foi um presente ao meu currículo de vida e profissional. Vejo as coisas da seguinte maneira: a formação de um profissional hoje não depende apenas de uma boa escola ou faculdade, mas da somatória das possibilidades ao redor de cada estudante, de sua cultura familiar, de seu "invólucro social", de sua estrutura que possibilita captar e somar todo o aprendizado. Tendo atuado na área acadêmica de Design de Interiores e Design de Produto. O que podemos esperar dos novos profissionais que chegam ao mercado de trabalho? As boas instituições de ensino avançam em seus programas acadêmicos a cada ano. Vejo grande melhoria dos trabalhos entregues nos concursos em que a ABD organiza. Percebo também a preocupação dessas instituições em colocar no mercado profissionais gabaritados e com responsabilidades sociais, que irão proporcionar uma sensível melhora na sociedade em que vivemos. São fatores evidentes nos discursos e trabalhos desses novos profissionais. Estou bastante contente com esse panorama e até arrisco dizer que teremos, em pouquíssimo tempo, um mundo melhor para se viver, trabalhar e criar nossos filhos. Isso eleva o nível da profissão? Quais serão as alternativas de mercado com o aumento dessa demanda? Não há uma residência, um escritório, um restaurante ou uma loja que não precise de projeto, de produtos, de serviços etc. Ou seja, o mundo está para ser desenhado e projetado e isso mostra o poder e o tamanho do nosso ramo. As perspectivas são ótimas e nós Designers de Interiores temos grandes chances de nos darmos bem neste processo. Se tudo caminhar para este lado, esta será a década de nossa profissão. Acreditem! Qual sua expectativa para a 12ª edição do Prêmio Novos Talentos e quais as mudanças que observou desde a criação do concurso? Na edição do prêmio de 2007, percebi o interesse dos Alunos pelo tema "Inovação", aparente na quantidade de trabalhos entregues à ABD e por conversas que tive com Alunos e Professores no evento de premiação. Percebi que com esta mudança de tema, a ABD incentivou paralelamente todo o aparato educacional em decifrar o "problema". Isto trouxe maior interesse de Professores e Coordenadores das instituições reconhecidas pela ABD. Algumas discussões sobre esta solução culminaram em trabalhos cobertos de conteúdos profundos, trazendo à tona os interesses de cada um deles em solucionar problemas do dia-a-dia. Aerou o ensino e abriu horizontes conceituais para dentro das salas de aula. É justamente um dos alicerces que está se sedimentando em nossa Associação. Em sua visão, qual é o papel social do Designer de Interiores? Solucionar os problemas do nosso dia-a-dia, trazendo melhoria na qualidade de vida ao ser humano. Devo salientar que nossa essência profissional é a relação de tempo-espaço com o ser humano. Atualmente, essa é uma preocupação do profissional ou a estética ainda é prioridade nos projetos? Gostaria realmente de passar uma borracha neste fato. Sei que teve um nascimento, mas vamos esquecer isso tudo. Necessariamente, o profissional deve resolver os problemas de seu cliente, e sem dúvida nenhuma, a função deverá ser resolvida. Quando Niemeyer desenhou aquelas maravilhas, alguém antes havia pedido dele resolver o abrigo arquitetônico para, por exemplo, colocar um bando de políticos resolvendo os problemas do Brasil. A forma estética apareceu para resolver este problema. Sou fã do trabalho de Niemeyer e sua maestria estética também está a serviço de solucionar problemas funcionais. A estética é uma busca sem fim, pois se não, ainda estaríamos projetando como os Gregos. Já estava tudo resolvido, mas não, a profissão exige o apuro estético sempre em mudança para acompanhar nosso tempo. Quando estava diante de uma entrevistadora, Picasso rechassou uma crítica "positiva" a ele, dizendo que não estava criando na a sua frente, apenas fazia sua maneira de representar o momento em que ele vivia. A estética deve acompanhar seu tempo, o tempo nosso, a nossa sociedade e a nossa cultura. Como conheceu a ABD e porque decidiu integrar a associação? Na nossa profissão quem não conhece a ABD deve ser uma pessoa estranha, ou tem alguma coisa errada. Quais são as ações ainda necessárias para a ABD? E para o mercado de Design de Interiores? A ABD está em sintonia com os avanços que obrigaram essa profissão tomar. Hoje, o profissional de Design de Interiores é muito diferente do que aquele no passado. Suas responsabilidades e obrigações aumentaram e somos mais respeitados pela sociedade. Mas, ainda há o que fazer. O Brasil é carente de informação no sentido qualitativo. Ainda falta à ABD estabelecer uma comunicação que perdure e ecoe pelo Brasil inteiro. Existem ainda pessoas que não sabem o que faz um Designer de Interiores, ou se sabem, tem idéias equivocadas sobre o assunto. Sobre o mercado, acredito que nosso maior problema é alimentar a escala profissional com informações pertinentes a todos os problemas encontrados no nosso ramo. Um exemplo são as obras e os serviços necessários a uma boa execução e sem "dores de cabeça". Analisando sua experiência na Associação, quais foram as conquistas e quais são os desafios a serem enfrentados? Gostaria de dizer que a ABD está em contínuo aprendizado. A cada presidência, a Associação ganha grandes passos. Como participo há muitos anos, fico contente com nossos ganhos. Hoje, somos respeitados e a Associação tem portas abertas em todo o espectro profissional. Como você vê o cenário do Design de Interiores daqui uns 5 anos? Serão os melhores anos de nossa profissão. Tudo indica que tenho razão: não há sequer uma pessoa que conheço que não queira morar melhor, trabalhar melhor, ter suas relações interpessoais resolvidas com uma boa estética. Anotem aí: é a nossa década.